Metaverso, enquanto termo e ideia, existe desde 1992, conforme abordei em artigo anterior (“Sinais do metaverso”). Depois de um bom tempo incubado, de uns três anos para cá, o metaverso literalmente voltou a mostrar a cara. O tema volta à baila, um tanto reconfigurado.
Hoje, consensos mais sólidos vêm se formando em relação à experiência de metaverso. Na Pixit, até traçamos algumas “leis do metaverso”. São elas: virtual, 3D e interativo; sempre on, às vezes live; audiência ilimitada; economia própria; gamificação; e expansível. Explico, ponto a ponto.
Por virtual, 3D e interativo, entendemos que são plataformas online, tridimensionais, com navegação em 360° (seja com base em captação de imagens em alta resolução ou criação de ambientes em computação gráfica) e com diferentes formas de interatividade (comunicação interpessoal por chat ou videoconferência, jogos e conteúdos digitais).
Sempre on, às vezes live. Quer dizer: metaversos não desligam, nunca. São acessíveis a qualquer hora, de qualquer lugar. Podem ser live por meio de eventos, de palestras e de relacionamento social.
A audiência é ilimitada porque em metaversos não há esse tipo de barreira. Ele está sempre on, disponível para todos e suporta acessos ilimitados.
A economia própria é um dos quesitos com alto potencial de desenvolvimento nos metaversos. Hoje, uma vertente forte é a de NFT (em português, token não fungível). Porém, aqui, é bom que fique clara a possibilidade de que todo e qualquer metaverso pode ter sua própria economia (até mesmo moeda própria e formas de transação particulares).
Quando falamos em gamificação, é um tema que pode ter subtemas e leituras distintas. Se, dada a tridimensionalidade, os metaversos podem remeter esteticamente aos games, acima de tudo também é possível motivar os visitantes a comportamentos e interações por meio do estabelecimento de desafios com pontuações e prêmios.
E, mais uma das “leis do metaverso”: expansível. Limite é uma palavra que não combina com metaversos. Eles são expansíveis em todos os sentidos: o terreno é amplo e comporta de tudo. Uma feira ou evento, um e-commerce, uma concessionária de automóveis, uma fábrica.
Na Pixit, já fizemos duas edições da Coopercitrus Expo Digital, um dos mais importantes eventos do calendário brasileiro, atingindo um volume de negócios de mais de R$ 1,6 bilhão em 2021. Um desempenho de quase o dobro da última edição física da feira, em 2019. Ainda no setor agro, entre outros projetos, desenvolvemos o hub de conteúdo Fazenda BASF e a Feira Virtual 2021 da Syngenta.
A Braskem Week foi uma feira virtual dedicada ao mercado de química e plástico. No setor farmacêutico, para a Janssen, criamos o Paciente Virtual, uma plataforma de educação médica onde médicos simulam a consulta de pacientes virtuais hiper-realistas, com diferentes doenças, e realizam diagnósticos com suporte de especialistas.
Esses são apenas alguns exemplos de aplicabilidade dos metaversos para integrar, vender, capacitar, envolver, engajar.
Metaversos são para pessoas.
Meu metaverso, meu mundo, minhas soluções, sem limite.