Quando comecei a estudar sobre metaversos, em 2018, havia poucas informações referentes ao tema em pesquisas na internet. O jeito, então, foi me dedicar ao estudo de questões que rodeiam o assunto: tecnologia 3D, ambientes virtuais em 360°, experiências imersivas e interativas, realidade estendida (virtual e aumentada), hibridismos entre realidades física e virtual, gamificação e daí por diante. O que estava ocorrendo em 2018 é que já havia uma tendência em direção ao que hoje chamamos de metaversos, mas o termo ainda não estava sendo utilizado de forma massiva.
Durante 2019 e 2020, pouco a pouco foram aumentando as menções ao termo na internet, mas, mesmo assim, ainda eram poucas. Essa situação só se reverteu em 2021, principalmente a partir de outubro, quando uma big tech muita conhecida no mundo inteiro mudou de nome: o Facebook, rebatizado como Meta. Tendo em vista o poderio tecnológico e econômico e, consequentemente, o poder de influência da agora Meta, não é de se estranhar a apropriação que vem ocorrendo do termo metaverso pela empresa.
Desde 2019, porém, a Pixit já vem entregando metaversos para grandes empresas de diferentes setores, como agro, farmacêutico e químico. Em 2019, ano do nosso pontapé inicial nessa área, fizemos dois metaversos. No ano seguinte, foram 11. E fechamos 2021 com 13 metaversos. Em 2022, até agora (fevereiro), estamos trabalhando simultaneamente na criação de 12 metaversos.
Quer dizer: vários clientes nossos já têm metaversos próprios e isso vem de bem antes de o Facebook virar Meta. Em um artigo anterior que escrevi (“Sinais do metaverso”), em novembro de 2021, eu disse que o metaverso não é de uma só empresa, por isso o adequado é passar a entendermos o termo como plural: metaversos.
Ao longo de 2020 e 2021, vários metaversos que criamos ganharam destaque na imprensa, em dezenas de reportagens. Algumas delas podem ser lidas no metaverso da Pixit: basta clicar sobre a mesinha ao lado do espaço onde apresentamos nossos cases. Apenas como exemplo, por meio de pesquisa em algum buscador por “Coopercitrus Expo Digital”, “Fazenda BASF” ou “Braskem Week” também é fácil encontrar menções na imprensa a esses três metaversos que criamos.
Em dezembro de 2021, a Pixit também lançou seu próprio metaverso. Desta forma, se tornou a primeira martech do Brasil a ter uma plataforma do gênero para apresentação tanto da empresa quanto de funcionalidades desse tipo de ambiente virtual.
Em reuniões que tenho com executivos C-Level, minha percepção é de que aqueles que acreditavam um pouco em metaversos, agora passaram a acreditar de verdade; os que já investiam nesse gênero de plataforma, estão investindo ainda mais; e os que achavam que esse era um papo para um futuro distante, se deram conta de que metaverso é algo do presente. Empresas que demorarem para entender isso podem ficar para trás.