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Sinais do metaverso

Sinais do metaverso

Os sinais estão no ar. Tem quem os capte muito rápido, antes de todos. Segundo declaração de 1934 do poeta e crítico literário norte-americano Ezra Pound (1885 – 1972), “os artistas são a antena da raça”. Três décadas depois, o teórico da comunicação canadense Marshall McLuhan (1911 – 1980) descreveu os artistas como pessoas “de atenção integral”. Ambos estavam falando da capacidade de captar sinais.

Um dos mais aceitos exemplos dessa capacidade é o livro “1984” (publicado em 1949), do inglês George Orwell (1903 – 1950). Nele, o Big Brother (personagem, que empresta seu nome ao famoso programa de TV) é o líder máximo, a autoridade que vigia as pessoas por meio de câmeras.

De forma bem resumida: a supervisão que nos afeta hoje (sabem por onde andamos, o que consumimos, o que pretendemos consumir) já estava de certa forma descrita no livro, décadas atrás, com tom muito sério de crítica política ao totalitarismo.

Você pode estar se perguntando: o que isso tem a ver com metaverso? Tudo!

A palavra metaverso também nasceu na arte, na ficção. Foi cunhada no livro: “Snow Crash”, de 1992, do norte-americano Neal Stephenson (1959). A obra antecipou a criação de universos povoados por avatares. Na publicação, a palavra metaverso aparece cerca de 120 vezes. Sendo assim, não é mera menção.

Acho importante esse embasamento histórico para um melhor entendimento do metaverso.

Na ficção científica “Snow Crash”, lançada quando a internet estava em seus primeiros passos e começando a se popularizar, o protagonista tem personalidades diferentes no mundo real e no virtual. O livro estimulou a criação de espaços de interação virtual (os metaversos!). Como exemplo, o Second Life, game lançado em 2003: uma simulação em 3D da vida social do ser humano por meio de avatares.

Portanto, o termo metaverso, tão debatido hoje, já tinha uma definição em 1992. Quase 30 anos atrás!

Passado todo esse tempo, muito do que se escreve hoje sobre metaverso o relaciona a big techs. Mas metaverso está muito longe de ser (ou vir a ser) de uma empresa, ou de duas, ou de três. Por isso, em primeiro lugar, seria adequado começar a pensar em metaverso não no singular, e passar a usar mais o termo metaversos, no plural. Falo isso porque toda empresa pode ter o seu próprio metaverso. Muitas já investem nisso.

O primeiro metaverso que a Pixit criou para uma empresa foi em novembro de 2019. De lá para cá, desenvolvemos cerca de 20 metaversos, para companhias líderes de mercado em diferentes segmentos, na América Latina, EUA e Europa. Na seção de Videocases do nosso metaverso é possível conhecer seis deles. Já nessa nossa seção de Artigos, pouco a pouco traremos mais ideias a respeito de metaversos.

Sinta-se em casa aqui no nosso blog e também no nosso metaverso!

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